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Rio de Janeiro, Brasil – Aos poucos, os agricultores brasileiros vêm adotando uma técnica de plantio que apresenta maior produtividade com custos de produção menores, além de ser menos danoso ao meio ambiente em comparação com outros métodos de cultivo: o Plantio Direto na Palha. Um novo estudo desenvolvido pelo Climate Policy Initiative (CPI) buscar entender as causas da baixa adoção do Plantio Direto, e indica que a diversidade de solos no Brasil tem sido uma barreira significante à disseminação do sistema entre fazendeiros. A pesquisa sugere que direcionar o treinamento em áreas de baixa adoção e solos com características similares pode aumentar a adoção dessa técnica.

Através de uma análise estatística da adoção do Plantio Direto, resumida no Sumário Executivo “Técnicas Agrícolas de Alto Rendimento: Barreiras à Adoção e Soluções Potenciais”, o trabalho mostra que o “aprendizado social” – ou seja, agricultores aprendendo novos métodos de seus vizinhos e colegas – desempenha um importante papel na disseminação do Plantio Direto. Além disso, semelhanças ou dessemelhanças na composição do solo afetam diretamente o aprendizado social – e, portanto, o entendimento dessa tecnologia: quanto mais uniforme for o solo dentro de um município, mais facilmente a técnica se espalhará via aprendizado social, pois será menos necessário adaptá-la a novos tipos de solo.

Em 2010, o governo brasileiro implementou o programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC) no intuito de prover crédito rural subsidiado para agricultores, de forma a induzi-los a adotar o Plantio Direto. No entanto, como essa analise prevê, crédito a baixo custo por si só não é capaz de alavancar a expansão do Sistema Plantio Direto, uma vez que existem barreiras não financeiras – como a necessidade de aprender a técnica e adaptá-la a diferentes tipos de solo.

O CPI recomenda um programa de treinamento temporário para induzir a disseminação do Plantio Direto: o governo deve prover capacitação técnica em cada município até que a taxa de adoção do sistema alcance uma massa crítica que permita o desenvolvimento posterior a partir de aprendizado social. Depois disso, o papel do governo torna-se menos necessário naquele município, e deve ser levado para outras regiões num processo itinerante que privilegia a fase inicial da disseminação. Mais além, o estudo identifica municípios em que esse treinamento seria particularmente eficaz. Esses municípios possuem solo com alta similaridade e baixos níveis de adoção – e, portanto, o treinamento poderia conduzi-los a níveis de adoção que permitem a veiculação da técnica por meio do aprendizado social.

“O Sistema Plantio Direto é considerado um dos desenvolvimentos agrícolas mais importantes das últimas décadas, e o seu uso beneficia tanto agricultores quanto a sociedade. Nossa análise revela que há formas de expandir esse sistema incorrendo em baixo custo”, disse Juliano Assunção, diretor operacional da filial brasileira do CPI e professor do Departamento de Economia da PUC-Rio.

Para mais informações e para baixar o relatório completo, visite www.ClimatePolicyInitiative.org. Haverá também um webinar sobre o relatório no dia 17 de Dezembro; interessados podem se registrar através do site do CPI.

O Climate Policy Initiative (CPI) é uma organização de consultoria e análise de eficácia de políticas globais. Sua missão é avaliar, diagnosticar e apoiar os esforços das nações para alcançar um crescimento de baixo carbono. Uma organização independente, sem fins lucrativos, patrocinado por doações da Open Society Foundations, o CPI tem sede nos EUA, com escritórios e programas no Brasil, China, Europa, Índia e Indonésia.

Contact:

San Francisco,
Ruby Barcklay
+1 (510) 612 5180
ruby@cpisf.org

São Paulo,
Vanessa Ramalho
+55 (11) 3526 4501
vanessa.ramalho@imagemcorporativa.com.br

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