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Florestas possuem um papel fundamental na manutenção da biodiversidade e são um fator determinante do clima, especialmente dos padrões de chuva, tão importantes para a agricultura brasileira. Nesse sentido, a produção agropecuária e os ecossistemas naturais estão unidos em um equilíbrio delicado que deve ser mantido. Parte fundamental do financiamento da agropecuária brasileira, o crédito rural permite a expansão da capacidade produtiva dos estabelecimentos rurais, sendo importante para a implementação de tecnologias sustentáveis. Recentemente, o país tem dado passos importantes para que a política de crédito rural gere incentivos apropriados para cumprir os objetivos de conservação do país. 
 
 O Brasil possui grande experiência em vincular o crédito rural à sustentabilidade. A Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC), estabelecida pela Lei 12.187 de 2009, tornou obrigatória a meta de reduzir entre 36,1% e 38,9% as emissões de gases de efeito estufa em relação às emissões projetadas do país até 2020. Para isso, estabeleceu o desenvolvimento de planos de mitigação setoriais. Um deles é o Plano Setorial de Mitigação e de Adaptação às Mudanças Climáticas para a Consolidação de uma Economia de Baixa Emissão de Carbono na Agricultura (Plano ABC). O objetivo do Plano ABC é promover a redução de gases de efeito estufa na agropecuária e permitir a adaptação do setor às mudanças climáticas. 
 
Promover a agropecuária de baixo carbono e apoiar a evolução contínua em produtividade e tecnologia é fundamental para impulsionar o sucesso econômico e a proteção ambiental do Brasil. À medida que aumentam as preocupações nacionais e internacionais com a conservação de ecossistemas, mudanças climáticas e riscos de catástrofes, cresce a pressão para que o país preserve seus recursos naturais. Em negociações de acordos comerciais internacionais, essa já é uma questão prioritária, que afeta diretamente as exportações brasileiras.  

Além disso, alinhar os subsídios da política pública com os objetivos de preservação pode, ainda, trazer benefícios relevantes para o país também para o uso da terra. A conservação ambiental é um bem público, o que justifica a existência de subsídios aos produtores que mantenham florestas em suas propriedades. Ao direcionar os subsídios para esses produtores, os recursos do crédito rural podem contribuir significativamente para os esforços de preservação. 

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